sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O CARTEIRO E O POETA

Hoje é o dia do carteiro. Desde 1663, o dia 25 de janeiro é dedicado a homenagear o trabalho desse profissional.
Pensando neles, o Bistrô decidiu falar um pouco sobre o filme O carteiro e o poeta. Conhece? Se não, é uma ótima pedida para o fim de semana, sem dúvida!



O bistrô não podia deixar uma data como essa passar em branco, principalmente porque é uma oportunidade para falar de um filme super especial. O carteiro e o poeta (título original Il Postino, lançado em 1994) traz Philippe Noiret dando vida a Pablo Neruda à época em que o escritor saiu do Chile e se exilou numa ilha italiana, por conta da ditadura. No novo lar, Neruda conheceu um carteiro que passou a lhe entregar todas as suas correspondências. O carteiro Mário Ruppolo (MassimoTroisi, que recebeu indicação ao Oscar como melhor ator em 1996), aproveitando a oportunidade, se aproximou do poeta para conhecer mais sobre a arte de escrever.
Mesmo sem muito estudo, Mário não queria se tornar pescador na região onde vivia. Com a chegada do poeta, ele pôde descobrir o lado sublime e, ao mesmo tempo ousado, da literatura. Foi assim que contou com a ajuda de Neruda para conquistar Beatrice Russo (vivida por Maria Grazia Cucinotta), com quem se casou. O filme ainda discute, mesmo que em segundo plano, as questões políticas e militares envolvendo o exílio do escritor.


A produção apresenta com simplicidade e leveza a vida do poeta. Cenários singelos e figurinos típicos da região não fazem com que o filme perca em caracterização de ambientes e ainda nos enriquece com a profundidade dos personagens, principalmente nos diálogos poéticos travados entre os protagonistas. Para completar, a obra contou com uma trilha sonora invejável, trazendo músicas como “Madreselva” e “If You Forget Me”, esta última interpretada por Madonna. O resultado foi o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original (composta por Luis Enríquez Bacalov) em 1996.
A maestria com que o diretor Michael Radford (que também dirigiu o filme 1984, baseado em livro de mesmo nome) conduziu a produção trouxe ainda outros prêmios – como o de Melhor Filme Estrangeiro, em 1997, segundo a Academia Japonesa de Cinema.


Apesar de não ser um lançamento, o filme é uma boa pedida para o fim de semana, te convidando a se apaixonar pela poesia e pelas metáforas que as palavras podem nos oferecer.

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